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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Como andar em Bucas, numa noite cheia de calor:
Andar muito rápido, para chegar a casa rápido e ligar o A/C.
Perder o metro, porque os toscos da frente não percebem, na sua própria língua, que o bilhete expirou. Serem 22h59m e ficares na dúvida se ainda virá mais um metro. Esperar ... uns 10/15 minutinhos...


Aprender a não respirar em certos locais. Suster a respiração, digamos que... 89% do caminho (obrigada ashtanga yoga, que me deste este poder de controlar a inspi e expiração). Não andar na parte sem luz dos passeios, ditas sombras, porque há o risco de pisar baratas, ou outras coisas (o que também poderá acontecer de dia).
Abrir o portão de casa e ser recebida com uma procissão delas, a cirandar bem rápido, de volta de um tomate podre deixado pela vizinha. Soltar um berrinho. Voltar para trás. Respirar fundo. Correr. Abrir as portas perras, tentar na escuridão não pisar nenhuma. Suster de novo a respiração porque a velha é fétida. Subir as escadas e dizer olá à barata que jaz no chão desde manhã e que não tiveste tempo de enterrar...
E vai sempre tudo dar ao mesmo...

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