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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Duro, duro, é voltar à realidade.

Depois de um fim-de-semana perfeito achei que me tinha esquecido do quanto detesto viver em Bucareste.

Mas mal pomos os pés na cidade, em contraste com o campo, há gafanhotos, baratas e centopeias. E acordo para a vida...
Isto começa a deprimir-me verdadeiramente. Já não sei como contrariar este sentimento negativo que esta cidade me causa... Acordo todos os dias com relutância em sair da cama e enfrentar todos os contratempos que esta experiência me propõe...
Bom, mas falando de coisas positivas. Alugámos um carro e partimos sexta ao fim do dia de Bucareste, até Bucovina. Bucovina divide-se entre a Roménia e a Ucrânia (na região da Moldávia). Apesar de ter dormido quase os 400 km que nos separaram do destino, consegui captar o perigo de conduzir na Roménia. Entre condutores malucos, ultrapassagens perigosas, carroças de ciganos, bicicletas e pessoas que se atiram para as estradas, ainda há que tomar em atenção as vacas que por vezes se atravessam no caminho!


Parámos em Piatra Neamt, que nos venderam como sendo giro. Não encontrámos lá nada de especial. Mas pelo menos dormimos a meio caminho.
Pagámos menos de 20 euros por dormida e pequeno-almoço aqui: http://www.pensiuneabyblos.ro/
Acordados entre os tubos de escape e os cascos dos cavalos, que passavam na rua, de manhã partimos para o Mosteiro de Neamt. Construído no século XIV, é um dos mosteiros ortodoxos mais antigos da Roménia. Aqui fomos logo endrominados pela freira, que nos vendeu um ovo de Bucovina ao dobro do preço daquele que se pratica nas ruas (5 lei na rua).






Os ovos, trabalhados e pintados à mão, são uma tradição da Páscoa. Vamos ver se não se partem até chegarem a Portugal...
Fomos seguindo o mapa dos Mosteiros de Bucovina: em Suceava, visitámos o Humor, Voronet, Moldovita e Sucevita.
Ver um ou dois  ou três mosteiros vale a pena. Mas de facto, eles são todos muito parecidos. O que é giro é o troço até cada um deles: a  paisagem verde e amarela, campos cultivados de trigo, girassol e outras culturas, faz uma pintura natural. Os camponeses a passear as vacas à beira da estrada. As crianças de bicicleta. As famílias em cima das carroças a transportar fardo.



Domingo de manhã tivemos ainda tempo de visitar o Mosteiro de Dragomirna e Putna. E ainda fomos à fronteira com a Ucrânia, mas estava fechada.



E pastar...

Regressar foi duro, mais 6 horas metidos no carro, com o rádio no máximo. O kico, acabado de chegar, adora as músicas POP que passam a toda a hora. Eu já não as aguento. Repetem 10 vezes por dia. É duro. Quase tão duro como a tempestade de granizo que apanhámos e que destruiu as ruas de Bacau.

Mas duro, duro, é voltar à realidade.

3 comentários:

  1. Pensa que o tempo que falta para regressar já foi maior. E tu, que aproveitas todas as oportunidades, vais certamente sair dessa e ir dançar com as baratinhas ;)
    Beijinhos*

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  2. a Paula tem toda a razão! Tiras palhinha de tudo, aproveita. As fotografias estão óptimas. beijinhos
    avó

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    Respostas
    1. O fim-de-semana foi maravilhoso!! mas eram 600 km daqui =)
      beijnhos às duas

      Sarucha

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