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terça-feira, 24 de julho de 2012

Pagar as rendas é sempre muito engraçado.
Convido sempre a senhoria e a filha para subirem lá a casa e esqueço-me sempre que aquilo está o caos: velas a arder em tacinhas delas, roupa a secar sob o chão de madeira, sofá-cama aberto com computador em cima, copos de sumo em cima das estantes. Ao ler o postal colado no armário - Eu adoro Lisboa - Diana diz-me que são fãs de Amália. Que a sua mãe e pai foram a um concerto dela aqui na Roménia e que a fadista por cá tinha muitos amantes romenos... pobre Amália. Amantes por todo o mundo... (Agora que penso bem se calhar ela queria dizer que  muita gente gostava dela...) Depois de discutirmos, e isto é regra inquebrável, os montantes e períodos das elevadas facturas, sendo que eu ganho sempre a batalha e elas saem sempre confusas, vem a hora dos beijinhos repinicados com batons vermelho e laranja.
Ao repararem nas armadilhas para as baratas, repletas delas, e após a minha queixa de que já não aguento mais, sinto nojo com aquilo tudo, Dona comenta que está muito bem, muito bem, muito bem. Que as armadilhas são perfeitas!
Inspira, não respira, abre a porta para elas saírem rápido, e elas que se amanhem ali no hall de entrada fedorenta que eu vou à minha vida.

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