Total de visualizações de página

domingo, 8 de julho de 2012

Os romenos conseguem ser muito porreiros ou muito estúpidos.


Por exemplo, nos cafés e restaurantes são uma raça intragável. Quem só vem de passagem deve ficar mesmo mal impressionado. Acho que o problema reside no facto de eles não gostarem mesmo de trabalhar. Eu também não gosto mas já que trabalho e tenho de trabalhar, gosto de fazer as coisas com brio, mesmo que isso me dê mais trabalho. Mas eles não. Fazem aquilo que têm estritamente que fazer e se pedirmos mais ficam chateados. Isso vê-se tanto no escritório como nos serviços. Ora, por exemplo, um polícia na rua disse-me que não fazia parte do trabalho dele tirar o gato morto da rua. Nem contactar com a Câmara Municipal. Nem sequer preocupar-se com isso. Eu que ligasse para o 112. E ele passa pelo gato morto todos os dias. No escritório, se pedimos a alguém que faça qualquer coisa que acham que deviamos ser nós a fazer... ui. Nem comento. Nos restaurantes, se pedimos muita coisa, zangam-se. No sábado fomos jantar. Eramos 18. Pedimos os pratos de véspera. Esperámos para lá de uma hora para ser atendidos e no fim demos uma gorjeta inferior a 10%. O empregado teve o descaramento de vir devolver a gorja, dizendo que ou dávamos 10% ou não queria nada. Perdeu 6 euros.
No cabeleireiro (Momento fútil agora), arranjar os pés é coisa pa 30 minutos. Arranjar as mãos implica um corte de cutículas sem pôr as mãos de molho. Estragar uma unha não merece uma nova pintura, apenas um retoque. Sábado fui arranjar as mãos e os pés. Estive no cabeleireiro das 9 às 13h, pedi três vezes para me cortarem o cabelo. Não podiam. O cabeleireiro cortou o cabelo a três pessoas. A última foi ao meio dia. Às 13h, depois de o ver há uma hora sentado no sofá, agarrado ao telemóvel, fui-lhe perguntar se ele não gostava de ganhar dinheiro. Que tinha tido uma hora para me cortar o cabelo. Começou aos berros comigo. Que tinha uma marcação para as 13h. Sem comentários. Há quem diga que isto é África branca. Eles gostam mas dizem "com a diferença de que nós trabalhamos" e eu rio-me na cara deles.
Depois há o oposto. Há aqueles que nunca me viram e que são do mais prestável possível. Uma amiga do Joaquim que ainda não conheci mas já me ligou para nos vermos, a convidar-me para festas, a dizer que tinhamos que ir passar o fim-de-semana à praia, ajudou-me a procurar casa. Depois há o Cosmin e a Alina, que estiveram comigo 1 vez e se fartam de me ligar para eu ir com eles a concertos. Há as minhas senhorias, sempre preocupadas se está tudo bem. Há a Cláudia, do escritório da Filipa, que nos levou um sábado a passear, ao mercado e a China town, levou-nos de carro, deixou-nos em casa.
E depois há os bares discoteca...Esses não comento.

Um comentário:

  1. este é o lado desbocado da narradora...
    continuo a gostar:)
    mami

    ResponderExcluir