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terça-feira, 11 de setembro de 2012


Tem alguma coisa de errado comer todos os dias um covrigi ao almoço com uma coca-cola? A senhora da pastelaria já sabe o meu pedido, o porteiro da casa delas diz-me algo em romeno. E apesar de saber que não é o almoço mais saudável, meto-o pela goela abaixo e durmo a sesta maravilhosa diária, tão mais apreciada por mim do que comida. Além disso a coke é a única cafeína que meto no corpo desde há uns meses para cá - o café enjoa-me e, confessamos, antes coca que energéticos.



A meio da sesta a Maria, a empregada romena que fala português, acorda-me para dizer "a senhora que tem de comprar mais produto destes" - não sei o que era. Estava a dormir, mas penso que fosse Pronto, para limpar o pó, meninas.

Já me começo a familiarizar com isto - a senhora conhecer-me, dizer olá à estéticista quando vou para o trabalho, o senhor do supermercado já não se zanga comigo porque eu entro de garrafa de plástico na mão, os porteiros falarem sempre comigo em romeno ou encontrar uma ou outra cara conhecida na rua. Contudo tenho apenas mais 50 dias para conhecer toda a cidade que ainda não conheci. Onde andam os alternativos que tantas vezes vejo em fotos da página Bucuresti Optimistic? Que bares existem, além da Lipscani? Onde há música gira para ir dançar? Restaurantes baratos, mas de confiança, sem ser o La Mama? E há coisas às quais não me consigo, nem conseguirei nunca habituar: hoje passei por umas ciganas e olhei bem para elas para ver os trajes (preparação para uma festa cigana, talvez) e claro, tinha que dar de caras com uma pessoa com uma deficiência enorme...

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