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sábado, 1 de setembro de 2012

CARPE DIEM

Porque a vida é curta.
E o estágio também.

Aparente e evidentemente (começamos bem...mas quem disse que não posso escrever e dizer o que quero e como quero? Há gente que merecia viver no tempo da censura, a sério) não sou a única estagiária com dúvidas quanto à decisão que tomou. Digamos assim. Uns não gostam do estágio mas gostam da cidade, outros já passaram as passas do Algarve, outros não gostam de nada, uns tiveram azar, uns são só simplesmente enjoados (me...? maybe...) e depois há os outros.
Este post é dedicado aos primeiros, sobretudo aqueles cujos "dramas" eu tenho acompanhado.

Finalmente um sábado descansado em Bucareste, sem visitas e passeios, para poder dormir o tempo que quisesse. Mas logo hoje, sábado, repito, decide o meu corpo que é hora de deixar de ter sono às 8h, quando durante a semana e essa precisa hora vive uma luta constante entre o duche e a cama...
Tudo bem, tempo para pôr a leitura em dia, ver umas séries. Saio de casa e o vento fresco bate-me na cara. Sorrio para mim mesma. Finalmente passou o pior clima, o calor da inércia, que nos impossibilitava de tudo.
E comecei a pensar.
Já passei por todas as fases: o entusiasmo, o desanimo, a depressão total, o conformismo, o desespero, o ânimo e bora lá animar. Todas mesmo. Pensei em desistir, chorei, deprimi, e ajustei-me.

Bucareste.
Onde aprendi a andar para o chão e não em volta. Retrocesso... A confiança ensinou-me a olhar em frente. E até a empinar o nariz, quanto tem que ser.
A curiosidade aperta em mim, gosto de ver o que rodeia.
Sou tentada pelas coisas bonitas e obrigatoriamente pelas impressionantes. E pelas chocantes. No mau sentido.
Uma defesa que por vezes me traz más consequências. O chão cuspido, os encontrões ou um susto ou outro. As pingas do ar condicionado no cabelo lavado.

Como mais chocolates aqui do que comi na vida toda. Nunca fui dessas viciadas em chocolate. Carência, emoção. Consequências. Paranóias. Arranjo o combate. Exercício físico, agora que já não faz calor. Libertação de más energias.
Para quem não me conhece, tenho esse lado. O acreditar no místico. Acredito que se repetir muitas vezes o que devo sentir, acabo por sentir. E resulta. Experimentem. O meu mantra diário é "sou feliz, sou feliz, sou feliz". Já me esquecera, desde que cheguei, o quão bem me faz. Adoro a segunda, a terça, a quarta. Adoro o trabalho.
Já só me dá para gozar, ir diariamente para lá. Faço como a minha coordenadora me ensinou - encare como um estágio, e basicamente mas não nas palavras dela, não dê demasiada importância. Contento-me em actividade cerebral zero enquanto trabalho e faço constantemente pausas para organizar outras coisas da minha vida.
Nunca escrevi tanto. Claro que a mente está entorpecida. Há um bloqueio. Mas que vai desbloqueando. Tento ver nas pequenas coisas boas, tudo. E esquecer as más. Já apredi onde não posso respirar.
Sou tomada de hábitos fúteis mas que me dão prazer. Guilty pleasure number one: gossip girl. Um episódio ou dois ou três ou quatro por dia. Limpeza total de mente. Gente bonita e vidas inviviveis (palavra nova, eu sei!) O que depois me dá ideias: toca a fazer festas e a planeá-las com três meses de antecedência. Tenho saudades do meu social lisboeta. Admito-o.
Cabeleireiros, limpezas de pele (bem, hoje fui a uma que me valeu pelos 4 meses..foi um dos dias mais felizes desde que cheguei. Massagens, cremes, uns clássicos animados a passar na rádio). Sinto-me mais bonita e tudo.
Finjo a quem não conheço e não tenho grande interesse, uma burrice e futilidade profundas. Como admitir em público que frequento o solário. Jamais em toda a minha vida o faria em Portugal. Mas de facto, sinto falta do sol, da praia e de ser bronzeada. Ou arranjar-me para o trabalho de forma que sou elogiada todos os dias por alguém...

Defendo-me de quem não presta e passo por antipática. Eu, a pessoa mais dada e aberta de sempre, a tentar fechar-me no casulo. Não resulta. Mas não faz mal. Em dois meses estas pessoas são passado.

Ou seja, a tentar tirar o melhor de tudo isto.
Uns, os primeiros referidos, estão desejosos de voltar. Mas como será o regresso? Assusta-me e não o quero nem perto.
Pelo menos aqui tive a chance de arranjar uma casa, viver sozinha e ser independente. Quando será que isso vai acontecer novamente?

Por isso, e tudo o mais: carpe diem e aproveitem o que conseguirem.
E desculpem a completa insanidade deste Post. Mas a loucura é de facto a nossa melhor arma.

UM BOM SÁBADO.

2 comentários:

  1. Já há algum tempo que não lia o teu blog (ai que a minha rotina mudou e não vim mais cá) e parece-me que vi uma mudança....positiva :) agora és tu que nos animas a nós! continua, que já falta pouco! beijinhos*

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  2. Tenho sido leitora pouco assidua, mas nos domingos com algum tempo livre leio os blog dos INOV's, só passo aqui para te dar um apoio, porque aqui no Rio a insanidade também já reinou várias vezes.

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