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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Assim foi o estágio



Fui recebida de braços abertos, com o meu coordenador de estágio à minha espera no aeroporto. Vinha eu de directa e directa fui para o escritório conhecer tudo, directa para o famoso La Mama comer Samarli e directa para a chuva Bucarestiana correr bar a bar. Também debaixo da chuva te deixo, oh cidade complicada, desta vez sem braços fechados do coordenador, que decidiu não estar presente nos meus últimos dias de estágio.
Coisas boas e coisas más. Grandes tormentos com as baratas, complicações com as senhorias, o primeiro susto a sério quando achei que ninguém vivia acima de mim e ouço passos humanos num chão de madeira acima do meu tecto. Foi o meu momento de pânico e fica para a história. Bem como a fuga apressada da minha casa.
Um obrigada grande à Magui e ao Rui por me terem acolhido no seu apartamento a primeira semana.
À Joana por me ter ajudado em tudo no início, ir ver comigo cada casa e ter ajudado na orientação e negociação. Eu estava tão noutro mundo.

Acho que continuo a estar.

Obrigada à Marta e à Filipa por todo o apoio incondicional nos momentos menos bons, quando acordei a chorar que não queria ir trabalhar, que já não aguentava mais, quando não me apeteceu dormir sozinha em casa. Obrigada pelos passeios.
Ao Tiago, ao Hugo e à Mariana pela companhia. Afinal, somos todos uns INOVS atirados para a Roménia.

Um enorme obrigada à Anabela, pelo apoio e preocupação. Obrigada mesmo. 

Sobretudo obrigada aos meus amigos e família que estiveram sempre a apoiar e em especial ao Kico, que veio duas vezes visitar-me. Sem isso tinha sido muito mais difícil.
Foi complicado adaptar-me à comida, mas quem me conhece sabe, não teria sido EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO (menos em Itália, de onde viriar a rebolar...). Foi complicada a rotina, de um trabalho entediante. Foi estranha a adaptação às pessoas e mais ainda trabalhar num ambiente destes.

Mas foi maravilhosa a oportunidade que tive de visitar sítios lindos, aos quais jamais o meu imaginário me levaria. Foi tranquilizante morar completamente sozinha por 5 meses. Ter tempo para mim e só para mim. Ler, pensar, escrever.
Foi espantoso o esforço final para chegar a Lisboa mais bonita e mais cuidada - como diria o Vasco "é bonito tratares de ti, mesmo quando ninguém aí se rala para isso". Exacto, é isso. Foi bom dedicar-me a mim.

Volto confusa sim, ansiosa também, sem saber o que será. E volto a mesma.
Mais uma aventura, novas barreiras, mas a mesma.

Vou estar feliz por fazer uma pausa em casa e continuar.

Tenho pena de não estar ao lado de quem neste momento precisaria de mim mais, mas sabem que eu, mesmo longe, estou sempre a canalizar as energias para que tudo dê certo. E mesmo que não vos pergunte todos os dias, penso em vocês, todas.
Amo-vos. Mas a minha vida segue... Acho que todas compreendem. Também me custa a certo ponto. Mas a vida são dois dias... E carpe diem, como eu gosto de dizer.























 NÃO QUERO NINGUÉM A CHORAR COM ESTE POST


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