Olhar
malicioso, nariz empinado e voz estridente. Podia ser a personagem maléfica de
uma série de TV, onde há uma vítima num escritório que faz tudo por tudo bem
fazer e a má impede-a de bem suceder. É a mal humorada, que tenta fazer
com que a vida de todos seja um inferno. Não tem confiança nas suas
capacidades, ou avaliando melhor, tem demasiada confiança nas suas capacidades
e delega nos outros fazer aquilo que está em frente do seu nariz. Antes de
cortá-lo curto, usava o cabelo em dois tótos, que nem uma criança a vir do
infantário. Mistura de recusa em envelhecer, que a torna numa
histérica juvenil e mania que já tem idade para ter posto. Não cumprimenta
as colegas de quem não gosta com um bom dia. Antes fá-lo com um olhar dos pés à
cabeça e da cabeça aos pés. Não sorri para As colegas mas ri muito para Os
colegas. Senta-se no fundo da sala, o mais longe possível da porta e gosta de
berrar para a pessoa mais próxima da mesma "Fecha a porta, olha a
corrente!" Como quem diz, "foda-se, estás a gozar? À tua pala já se
me inicia a dor de garganta e o muco no nariz..." Talvez uma louca
completa, pelo menos tem aquele misterioso ar psicopata. Na
imaginação de quem a olha, frustrada até não poder mais. Alta e espadaúda até
podia intimidar, mas por outro lado, apenas tem um ar ridículo. Ironia é a sua
maneira preferida de pedir "favores" no trabalho, com uma vozinha de
cabra e acenos principescos, que não lhe assentam nada bem. Pensa que irrita
todos, pois é como se os outros ficassem tão chateados de trabalhar como ela...
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