Olá, agora que já temos algum
tempo para repousar e em que eu finalmente consigo estar de olhos abertos, a
ler, a escrever e a falar, sem ter uma enorme dor de cabeça ou vontade de
vomitar, aqui vimos dar notícias.
Chegados sexta-feira a Singapura.
Não fomos para a India, como era o nosso plano inicial, mas ficámos a dormir no
Little India, um bairro de Singapura, onde os cheiros e as cores, imagino eu,
nos transportam para lá. Claro que, já tudo maluca, parei nas lojas para ver tudo
e querer comprar tudo. Porém, estou a controlar-me, até porque em Singapura é
tudo caríssimo.
O que nos valeu
foi o atraso de uma hora do voo da KLM de Lisboa para Amesterdão. Ficámos com
medo de não chegar a tempo de apanhar o voo de conexão, mas deu para tudo. Lembrei-me
de uma conversa que uma vez tiveram comigo de alguém que foi à Tailândia e
perdeu as malas. Que depois foi reembolsada no valor de 600 euros, e que isso
lhe deu para a estadia toda no país. Na altura pensei eu, não vale o
sacrifício, de andar as férias todas sem as nossas coisas, sem aquilo que
planeámos trazer. Mas quando é por uma noite, tudo muda de figura… nós chegámos
a tempo e horas, mas as nossas malas não. Ou seja, depois deu um voo inteiro
muito mal passado, em que vomitei as últimas duas horas, no cubículo da casa de
banho a vomitar o jantar todo e mesmo depois disso, a continuar no mesmo
esquema. Depois de chegar ao aeroporto e pensar “eu não aguento, passar o
controlo de passaportes, apanhar as malas, ter de ir para o comboio e ir fazer
conversa com o indiano que nos vai receber…”.
Andava eu a
varrer as casas de banho do aeroporto enquanto o Kico tratou de arranjar uma
maneira de nos carimbarem os passaportes sem termos de ficar na fila. Eis que,
chegando ao pé do tapete das malas vejo uma placa com o nosso nome escrito. Era
a senhora que nos informava que as nossas malas só viriam no voo do dia
seguinte… oh não!!! Vendo que eu não ficava melhor, decidimos ficar no primeiro
hotel que nos indicassem no aeroporto, e aqui estamos nós, no Broway Hotel. A
pagar um balúrdio por noite, tendo já tido uma visita numa almofada de uma amiga
barata… (já tínhamos saudades delas…). O que nos valeu foi a indemnização paga
pela KLM que amenizou os custos, permitiu-me comprar uns chinelos e um
amaciador para o cabelo…
E é assim,
andámos um pouco à Asia Style – não muda de roupa nem se lava decentemente nas
primeiras 48 horas, depois tudo muda!
Ontem o dia não
foi fácil… Fomos dar uma volta, mas o meu estomago continuava às voltas. O
rapaz que nos ia hospedar veio ter connosco e tive de ir fazer sala. Mas eis
que ele nos leva a jantar a um indiano…quando começo a vê-lo a comer com a mão,
com umas unhas enormes, um jantar cheio de molho e sinto aquele cheiro… ui ui
ui… vim a correr para o hotel…!
Felizmente,
hoje acordei mais bem disposta… e com fruta, bolachas e coca-colas lá nos temos
aguentado. Mas sem dúvida que nunca passei tão mal num voo e início de uma
viagem. Ainda bem que decidimos ficar tanto tempo por aqui…
Já deu para
conhecermos a parte da Marina e passear pelas ruas.
Já deu para
conhecermos um miúdo chinês que, com a sua conversa fiada de coleccionador de
moedas, sacou dois euros e tal ao kico, em troca de uma nota chinesa, segundo
ele, muito valiosa, porque muito rara. Já deu para nos rirmos um bocado com
esta gente toda.
Com calma, que estamos de rastos, volta e meia
cai uma carga de água e temos que parar…
Mas Singapura é
sem dúvida uma cidade muito divertida, com esta mistura toda de chineses e
indianos. Há para todos os gostos.
Mais pormenores
em breve virão!!
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