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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

E hoje quem vos escreve é o Kico



6h30 o despertador toca. Sara toca a arrumar as coisas na mochila, Kico na cama a ressonar, pois já tinha preparado tudo na noite anterior. Sara acorda kico, pede ajuda para arrumar as coisas: “Eu bem te disse para fazeres a tua mala na noite anterior!”. O Kico dorme mais 10minutos e deixa a má disposição matinal, para as arrumações finais! Sara muito paciente!
Descemos ao hall do hostel carregadíssimos para tomar o pequeno almoço. Torradas de pão “Bimbo” com doce sabe-se lá de quê. Esperamos, esperamos, esperamos, e lá vem o tuk tuk, apanha-nos e lá vamos para o mini-bus. 15 pessoas enfiadas numa carrinha tipo Mercedez Vito, para uma viagem de 4horas. Estradas rectas sem fim à vista, motas, bicicletas, autocarros, carros tudo sem sentido, e sem organização, buzinadelas, vacas na estrada, tapetes com arroz à beira da estrada a secar, os carros que se desviem. Um caos!
Passado esse tempo, finalmente paramos.
“Are we there yet?”
“No, 15min to rest, and 2 more hours to Siem Reap”
Paramos para esticar as pernas perto de um mercado no meio de nenhures.
Fome…”O que há no mercado para comer?” Grilos, baratas, e outros insectos inidentificáveis. Não obrigado, tenho de me mentalizar antes de provar essas iguarias. Três bananas, uma coca-cola e umas bolachas, chegam para tapar a fome até ao destino final. Vamos!
Um rapaz sentado atrás de mim, que mais parecia a reencarnação de Jesus Cristo, sempre a arrotar e claro bafo a chouriço podre dentro da carrinha.
Mais motas, bicicletas, autocarros, carros, vacas, buzinadelas, e finalmente chegamos.
“Tuk-tuk?”
“Yes!” Lá nos leva ao primeiro hostel. Caro, vamos ver outro, e ficamos.
Reservamos o tuk-tuk, para ser nosso nos próximos dias, regateamos o preço ao máximo.
Deixar malas, tomar banho, e siga conhecer Siem Reap. Vamos ao Old Market, bugigangas, roupa, relógios.
“Oh, pretty lady! T-shirt?”
“Não, obrigado”
“How much?”
“Não, obrigado, chatas, pá!”
Cada coisa que mexemos, ou olhamos apenas, lá vem a mulherzinha tentar impingir.
Cada passo dado, aparece alguém: “tuk-tuk?” já nem olhamos, é o truque.
São 16h30, e o nosso tuk-tuk, espera-nos para ir ao Angkor Watt (onde foi filmado o Tomb Raider). 40USD/cada para um bilhete de 3dias, PIMBAS!
Encontramos pela primeira vez um grupo de portugueses, velhadas.
“Ó Maria, olha os nossos conterrâneos!”
Lá vamos ao famoso templo, esperando encontrar a Agelina Jolie, no meio de tanta gente, aparece um miúdo (Sa), órfão, estudante e residente no templo, ensinado pelos monges, começa, sem nós termos pedido, a fazer o tour pelo templo. “Cada pedra foi trazida por um elefante, foram utilizados 4000 elefantes para construir o templo.” Estátuas de Deuses, e símbolos hindus, todos decapitados, obra do exército do Khmer Rouge, para além disso, na 2ª Guerra, este local foi alvo de bombardeamentos tanto por Japoneses como Americanos. Recentemente, os Japoneses sentiram-se mal e financiaram parte da reconstrução, que entretanto ficou a meio. Actualmente, um templo de culto para os monges budistas, que moram lá, e só se alimentam uma vez por dia às 11h da manhã!!! Daí todos os monges serem só pele e osso.
Vamos para o hostel. Onde está o nosso tuk-tuk? São todos iguais e os guias também, é de noite e não se vê peva. Finalmente aparece com o seu sorriso.
Mais um banho, e bora jantar no hostel, um cheeseburger para mim, uns noodles para a moça. Enquanto esperamos, ouve-se um berro.
“Que se passa?” A Sara com uma amiga de longa data a trepar-lhe as pernas, uma barata é claro!
Acabado o jantar vamos ver o Night Market. Damos por nós, estamos a pagar 1USD, sentados numa espreguiçadeira a receber massagens nos pés, perfeito! A mim tinha de me calhar um rapaz…..enfim…
Mais relaxados, continuamos no mercado.
“Ó Maria! Olha os nossos conterrâneos de novo” Lá trocamos umas palavras e seguimos, para a Oura daqui do Cambodja. Bares, Pubs, tudo à pinha, ouvimos música ao vivo, vamos espreitar!
Ao fim de um Mojito e um Cosmopolitan (que não passava de vodka laranja, enfeitado com uma rodela de ananás, nada a ver) Gangnam Stlyle ao vivo, ao estilo Cambodjiano!
Senta-se na nossa mesa um rapaz americano, acompanhado por uma Cambodjiana (sua mulher, dizia) e o seu amigo maluco, que só dizia “Me, Cambodjian”. Cada vez que dá um gole na sua cerveja com gelo, brinda connosco e la tem de vir mais um Mojito para mim. De repente damos por nós e só estão 5 pessoas no bar. Bem, está na hora de ir embora!
E agora? Para que lado é o nosso hostel?

Um comentário:

  1. Beemmm, só aventuras.
    No entanto, Kico, fico preocupada:
    Preocupação nº 1 - um rapaz a massajar-lhe os pés???? Nem parece seu! Da próxima vez, troque com a Sara.
    Preocupação nº 2 - não se vai pôr a comer baratas e escaravelhos, pois não? É que cá em casa não se comem dessas iguarias. Mas só porque não sei cozinhá-las!
    Mãe-que-é-Mãe tem sempre que se preocupar, senão não tem nada para fazer... LOL
    De certa forma fico cheia de inveja porque me apetecia IMENSO andar a viajar, mesmo que fosse sem rumo, mas sempre com destino a hotéis de 5*! Infelizmente tenho que fazer pela vida e assegurar o sustento... Beijinhos para os 2 e divirtam-se muito!
    Mãe

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