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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Singapura

Uma mistura saudável de três povos completamente diferentes: maioritariamente chineses, malaios e indianos, vivem em harmonia em Singapura, considerada pelos opositores do regime como uma cidade governada pelo autoritarismo e falta de liberdade pessoal. Por todo o lado vemos à venda t-shirts ou imans para o frigorífico onde se enfatiza as proibições: é proibido comer/vender pastilha elástica, cuspir para o chão (felizmente!!), ou ter uma jaca (fruta com cheiro a podre) no metro. No Jardim Botânico, cães só de trela e atravessar fora das passadeiras dá direito a multa.
Excepto, na Little India - uma mini versão, mais limpa daquilo que imagino que seja a Índia. Uma mistura de cheiros, cores, música de Bolywood, roupas baratas, ouros, saris, bendis, tatuagens de henna. Mas de vez em quando, um chinês ou outro. O cheiro a comida indiana espalha-se pelas ruas, bem como a confusão de gente. Mas tem uma rua com hósteis e cafés para os turistas que gostam de se sentir mais em casa.
Em Singapura todos nos dizem que as distâncias são longas, que o melhor é andar de metro ou autocarro. Mas é a pé que se conhece uma cidade.
Além disso, Singapura é para nós, meros backpackers sem um tostão furado, uma cidade cara. Muito cara. Há coisas proibidas: uma garrafa de whisky custa 200 dólares e um maço de tabaco 12. A comida foi sendo dividida...
Mas, sem pretender ser turista para tudo, é uma cidade imperdível. Saltámos o jardim zoológico ou a bebida aqui e acolá, o andar de barco ou nos carros turísticos estilo americano que há pela cidade.
Contudo, pudemos conhecer a Marina Bay e subir ao Hotel mais famoso de Singapura. Não fosse a chuva e tinhamos a mesma vista que qualquer privilegiado hóspede. Tudo é um centro comercial - não só esse Hotel/Casino, como as estações de metro. Nota: nunca mais experimentar anéis em climas malucos... Pus um anel numa loja de acessórios da Mango e ele insistiu em não sair... Passámos uns bons 20 minutos na loja...o meu dedo inchava, bem como o meu embaraço...
As pessoas são simpáticas, mas pouco elucidativas. Quando não sabem ajudar inventam ou fingem não falar inglês. Há muitos ocidentais, sobretudo loiros e gordos (que desconfio que vêm da Austrália).
Na Marina Bay há um teatro com um design muito giro, onde deve acontecer imensa coisa. Havia uma instalação de cães e gatos encarnados, feito por uma artista de Singapura, que apeala ao Governo que seja mais interventivo na protecção dos animais.
Aliás, devem passar-se mesmo muitas coisas interessantes nesta cidade. Em Clarke Quay, uma zona de restaurantes e bares, perto de ChinaTown, passámos num restaurante onde todos os clientes estavam a tocar tambor com os anfitriões. Demais...
A zona da Orchade é completamente diferente do resto da cidade. É absolutamente... Nova Iorque - lojas caras, gente gira, chic...E com uma estranha antecipada obcessão pelo Natal. Árvores de Natal e presentes e músicas natalícias em todo o lado. As latas da Coca-Cola já vêm com o Pai Natal e eu vomitei no aeroporto ao som de Jingle Bells...
A Orchade Road leva-nos ao Jardim Botânico. Pouco entendedora de plantas adorei aquilo. Enorme, super bem arranjado, com um ambiente óptimo. Apesar do calor abrasador e da humidade... é gratuito. E bem procurámos pela rosa preta, mas sem sucesso.

De caminho para a nova cidade, deixamos esta com poucas esperanças de um dia voltar. Mas valeu muito a pena, apesar de ter sido uma adaptação à Ásia muito mais díficil que das outras vezes...

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