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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Entretanto...


um sábado quentinho depois de uma soneca bem dormida no intercidades, cara bem banhada pelo sol, uma amiga que não se perdeu e um comboio meio confuso e lá nos encontramos no Porto.
a casinha alugada no Airbnb é pequena e charmosa e, essencialmente, munida de aquecimentos.
saímos para a rua em busca do cosmopolitismo e, uma feira de rua (fraquita!) e um caldo verde depois, vamos para a rua de Santa Catarina. 
cheia de gente em época de natal forreta e sem pingo de graça... damos por nós a seguir alta música pop que toca na rua, tal e qual fashion night out, e .... tcharannn, loja de noivas, meio estilo my big fat american gypsy wedding. a apreciar pelos modelitos vamos entrar só p'ó deboche mas quando damos por nós, encarnadas na personagem noiva e sua amiga cool, já estamos acompanhando a empregada até à loja ali à beira (e lá voltamos para a decadente santa catarina). mas e que loja! três pisos com brancos e brilhos, corpetes e saltos plataforma onde facilmente nos imaginamos no casamento de qualquer noiva em Macedo de Cavaleiros e seus deleites de indumentária...
cansadíssimas deste enredo que nos fez subir e descer escadas, e nos fez prometer em falso que voltávamos em janeiro para ver a nova colecção de sapatos, vamos à Ribeiro onde inesperada mas justificadamente encontro o Duarte a comprar bolinhos. Ah olá e como é que vai a vida e diz lá onde é que podemos ir comer uns petiscos. 
trásca, na rua de trás, um espacinho amoroso, onde até param umas das novelas (pelo menos a que lá estava). mas as manias do saudável e de não comer carnes fazem-nos jantar três bolinhas de mozarela do tamanho de berlindes cobertas de pimenta, um queijo regado a azeite, uns padrons, para lá de picantes e 4 ovinhos de codorniz... a sorte é que a conversa ora me tirou o apetite ora me fez esquecer de comer e, não com a barriga mas com o espírito cheio, vamos dar uma voltinha à baixa... entramos e saímos de numerosos bares que acusam um ambiente boémio aos dias de semana mas que este sábado mais me pareceu um encontro de .... sei lá!, de sei lá eu, pois não havia um padrão que os enquadrasse no grupo mas que seguramente não animava muito a festa.
focamos uma na outra, cantamos um pouco de anos 80 e decidimos seguir. vejo uma pessoa animadíssima a perguntar mas o que é que tás aqui a fazer? é a francisca e o seu aniversariante novo namorado que enquanto me fala de macau e dos nossos amigos em comum vai digerindo o jantar de carne de porco.
e onde é que se sai aqui? olha vai ali à sé que é onde vai o social... à porta desanimo com o som mas também tenho bom remédio pois somos barradas com a mísera desculpa de que só deixa entrar os convidados munidos de convite pois tem lotação esgotada. CARAGO... eles bem avisaram que era do social... mas social do porto. uma aliviada e outra irritada com a auto-estima danificada (ninguém é barrado e os casacos de inverno não denunciam qualquer falta ou - será? - excesso de estilo) desviamo-nos da fila onde aparentemente o ricardo chama por mim, mas não o há de ter feito com muito esforço porque eu nem dei por nada e, não sem antes de reviver um momento, ao encontrar o nelson, seguimos para casa.








domingo as ruas estão desertas excepto a zona da ribeira onde somos tratadas como espanholas e nos oferecem passeios pelo douro, pegamos no carro e vamos ao palácio de cristal, perseguindo o foco saudável, pois há uma feira bio. mas custa-nos caro ser zen pois somos ameaçadas pelo arrumador, a feira é uma banhada e um pavão persegue a cristina que se senta em cima do seu, ou de outro amigo voador!, território.
cheias de fome vamos passeando em busca de algo que nos surge em forma de casa de chá caricata e nos resulta numa deliciosa mas insuficiente sopa de ervilhas servida por um bando de desorganizados maus vendedores. 
vencida, com um lanche e um papo de anjo que é um bocado de mau caminho (só seguido por mim...a  cristina comporta-se) na pastelaria em frente da igreja das carmelitas que tem o empregado por mim eleito o mais simpático do mundo.
com a maezinha da cristina jantamos no two sushi, o melhor que já comi na vida inteira. 
e felizes da vida e orgulhosas de saber apreciar as boas parolices da vida, assistimos juntas à expulsão da daniela e do ricardo. dizemos boa noite e cada uma vai tentar combater as ansiedades nocturnas para a respectiva cama.

hoje, ao sol, aguardo a minha vez, enquanto ouço numa perfeita acústica criada pela praça de gomes teixeira, mais um sonhador.
obrigada pela tua companhia neste belo fim-de-semana. <3

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