Cheguei num dia
cansada. Vim directa para a empresa. Chovia. O ar parecia-me pesado. Sentia-me
feia, da viagem longa, da directa, da roupa de avião. Ainda assim fui tão bem
recebida que não pude dizer não ao jantar no La Mama e às corridas de bar em
bar por debaixo de chuva torrencial. Mas a noite não me aqueceu.
Hoje, não me
sentindo assim tão feia, sinto-me cansada. Papos por debaixo dos olhos,
notáveis no ginásio rodeado de espelhos. A cabeça pesa-me, dói-me. O ar volta a
estar pesado. O céu está coberto de nuvens que ameaçam a chuva. O frio chegou,
e agora os sem-abrigo incomodam-nos ainda mais a alma... Sou forçada a seguir
os programas, e contrariar a vontade que tenho de me esconder debaixo do edredon
que roubámos no hotel rasca. Desta vez já liguei o aquecedor central. Ajuda-me
a sair da cama de manhã...
Mas Bucareste volta a parecer-me a mesma. Por vezes surpreende-me, quando a noite começa e vejo muitos transeuntes nos semáforos. Parece que estou de visita a apreciar toda uma azáfama de uma cidade desconhecida. Mas, repentinamente, volto a ter a mesma sensação de desespero. De querer voltar ou pelo menos sair daqui.
No dia em que
cheguei, cheguei KO. Sinto-me KO também. Não sinto nada, não sei nada, não
penso nada.
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Sara Monteiro
Gosto do teu blog.
ResponderExcluirSara