E chega ao fim...

33 dias de viagem. 4 fantásticos países. Apenas uma cidade repetida (Bangkok). Pessoas interessantes, personagens cómicas e viajantes mal-educados. Companhia perfeita. Uma experiência única, como qualquer viagem que fazemos. Já fiz o Sudeste Asiático em todo o tipo de modalidades, excepto sozinha: com dois rapazes, com duas raparigas, com namorado e com uma amiga. Todas são diferentes e todas são enriquecedoras. As amizades que se fazem pelo caminho são intensas e as licções de vida de alguns são inspiradoras. Temos uma perspectiva tão diferente daquela a que estamos habituados com a mentalidade portuguesa.

Esta viagem acaba aqui, em Bangkok, no mesmo hotel onde começou a parte tailandesa. Com a diferença de que a piscina está fechada para manuntenção e as lojas só abrem mais tarde porque é uma segunda-feira qualquer do mês em que tal acontece.

Ao fim destes 33 dias já me sinto cansada, a precisar de me lavar e de comer algo que não me dê a volta ao sistema. Mas custa voltar. Não saber o que me espera, apenas uma certeza: um frio congelante.

2012 foi um ano em cheio, de Paris a Singapura. Viagens não esperadas, pessoas novas e amizades fortes. Espero que 2013 venha ainda com maior força e para isso fica o meu apelo: ONDE IREI AGORA?

Para aqueles que planeiam uma viagem como esta, aqui ficam algumas dicas.
Perguntam-me sempre quanto dinheiro gasto. Desta vez gastei cerca de 2.100€, com avião, estadia em hóteis médios, comida de muito barata a cara, viagens e algumas (não muitas) compras.

     Relativamente aos países que visitei, tenham em atenção, por exemplo: 

Em Singapura - tenham em atenção todas as proibições antes de ir (por exemplo, são proibidas as pastilhas elásticas, o álcool trazido de fora, atravessar fora das passadeiras, levar durian para o metro, cuspir no chão ou não puxar o autoclismo); Escolham o hotel previamente, porque são muito caros. Little India é um bom sítio, mas em termos de alimentação não há muita variedade; Se visitarem a Marina Sands, não subam ao hotel em viagem turística, mas digam que vão ao bar. Vê-se a vista toda (se não estiver a chover/nublado) e não se paga nada; Não percam o jardim botânico; Evitem os táxis, que são caros (há metro e faz-se bem a pé.

Singapura é um país caro, em comparação com todos os locais visitados no resto da viagem que fiz.

      No Cambodja ter muita atenção que se usam dólares americanos e que o multibanco nos dá assim o dinheiro. Por isso trocar dinheiro para o dinheiro local é uma perda estúpida e ninguém me tinha avisado; Atenção também ao trajecto que vão efectuar (por exemplo, de Siem Reap para o Norte não há estradas e é sempre necessária a passagem por Phnom Phen, por isso se planearem lá ir, talvez seja boa ideia não o fazerem como ponto inicial, tal como eu fiz; Não perder a oportunidade de fazer massagens por 1 dólar e comprar nos mercados (regateando sempre os preços, claro!!); Alugar um tuk-tuk para todo o trajecto pretendido, nos vários dias (além de criar uma certa ligação com o condutor, podem conseguir preços mais vantajosos); Tomar cuidado, porque os locais tentam enganar muito os turistas - as viagens são muito desorganizadas, os autocarros nuncam chegam a horas, ninguém nos explica os trajectos e onde vamos (se num autocarro local, se num com bancos reclinados...); Evitar alugar motas, pois a polícia manda muitas vezes parar.

     No Laos, a comida é sempre muito picante, por isso peçam "no spicy", se forem sensíveis; Verifiquem sempre os preços em vários locais – há muita gente a oferecer o mesmo, por preços diferentes.

    Na Tailândia é preciso estar preparado para as mudanças temporais - nada é certo. Num dia pode estar um sol maravilhoso e um dia de praia esplêndido e, de repente, cair uma carga de água que inunda uma ilha inteira; atentem que as ilhas são mais caras do que o resto do país, pois são zonas muito turísticas. Contudo, não deixem de praticar as coisas que vos dão prazer, como fazer mergulho, snorkeling, ou passeios de barco - são únicos nas vossas vidas e valem a pena; Em Bangkok, em Kao San Road, descobri que fazer compras de noite é mais barato que de dia; a comida é menos variada que nos outros países, mas há sempre comida ocidental (mais cara, claro!).

    Em qualquer lugar, é preciso ter em atenção que não há regras de trânsito – máximos apontados à nossa cara, motas sem luzes, rotundas que não têm prioridades; ultrapassagens feitas à maluca, conduções feitas do lado oposto à nossa, etc.

      Qualquer um destes países é mágico. A cultura é diferente, o povo é diferente, a comida é diferente; a paisagem é diferente, a água do mar é diferente e mesmo a do mesmo rio varia de cor, de local para local. Não dá para eleger um país, dá para nomear experiências fabulosas.

     Se precisarem de esclarecimentos sobre algum local, não hesitem em contactar-me via email:

     saravirtuoso@hotmail.com

    Boas viagens e boas festas!!