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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Dicas...

Além da 1ª dica "Nunca viajes com a AirFrance", vem a 2ª dica "Traz elixir com sabor a mentol e muitas chiclas" - é que o sabor a alho, massala, biryani, em suma, a CHAMUÇA, nunca te sai da boca. Mas, e agora vem a 3ª dica, tem cuidado para não o entornares todo na mochila!

Estamos já pelo segundo dia em Udaipur, mas podíamos perfeitamente só ter ficado cá uma noite. Contudo, o primeiro hotel onde ficámos era tão mau (chamava-se Udai Haveli Guest House e só custava 9€ por noite, com pequeno-almoço), que não quisemos ir embora sem dormir uma noite (mais) felizes.
Viemos para o outro lado do Pichola Lake (a sério, adoro este nome), para o Hotel Sarovar, que tem uma vista maravilhosa. Aqui, a casa-de-banho em vez de cheirar a canos cheira a naftalina, que é a melhor maneira que eles arranjaram para safar o problema.
Mas é um quarto de hotel à maneira (fora o chão do wc não secar) e dá para repor energias antes de mais uma aventura. 




O pior é que nesta cidade as pessoas tão sempreeee a querer intrujar. Até os preços dos comboios variam de banquinha para banquinha e, claro, que quando descobrimos o que vendia o bilhete mais barato, não o conseguimos comprar porque ele foi dormir a sesta e nunca mais voltou.
Todos tentam vender qualquer coisinha, e o pior é que nós lá vamos cedendo, Claro que ao fim de alguns anos de prática, aprende-se a saber regatear e a virar costas sem ficar com pena de não levar a bicicleta, o que aqui tem resultado em vitória sempre para nós. Já cá cantam uns anéis, umas chanatas e umas malinhas... Se já tínhamos pouco espaço agora é que estragámos isto tudo...

Ontem tínhamos ficado com a impressão de que ainda havia imenso para ver aqui. Hoje de manhã começámos pelo City Palace, que parecia reunir todos os turistas desta cidade. No caminho passámos pelo templo Jagdishe e vivemos ali uma experiência mística sensacional!! As pessoas estavam animadíssimas numa adoração ao Deus Vishnu, a cantar e a dançar... parecia um festival e não um local de culto. Fingindo que não víamos os sinais, fartámo-nos de filmar e fotografar.
O City Palace, na minha opinião, não é nada de especial. Tem umas salas lindas, cheias de azulejos e vitrais, mas não valia aquela excitação toda!
Quando saímos do templo, fomos muita tontinhos e apanhámos um rik por 300 rupias (!!!) - e isto depois de negociar imenso e baixar de 500 - e andámos pela cidade. A ideia era ir ver o lago Fateh Sagar e ir até ao Mansoon Palace ver a vista. Mas pelo caminho, o Bablu parou-nos no Pratap Memorial, que nos irritou logo, porque tivemos que desembolsar umas 100 e tal rupias para entrar num parque que não chegava aos calcanhares do Palácio de Cristal e cuja vista dava para os céus e as árvores... e então quando chegámos ao Mansoon, ficámos histéricos porque nos queriam cobrar uma brutalidade para subir, mais o que já havíamos gasto até ali e decidimos voltar para trás. E assim se passa uma manhã de forma estúpida, que acaba em beleza, almoçando num quiosque de comida israelita, servido por um indiano e sua linda filha (e fresca), ao ar livre mas com paredes feitas de bosta de vaca.
Uns banhos depois e uma explicação geográfica mais tarde - ao rapaz que sabia quem era o Cristiano mas que pensava que ele era Espanhol e que Portugal era na América Latina - ficámos cansados de Udaipur.
Jantámos num restaurante exclusivo (como aliás parecem ser todos por aqui) com a MELHOR VISTA DESTA CIDADE (o senhor também era amoroso e por isso fica a referência): Natural Lake View Restaurant.
A comida é boa (daquilo que provámos, porque um prato para dois e uma bebida a dividir é sempre suficiente).

Como prometido, vou deixando algumas dicas para quem pretenda vir à Índia (e este post foi com esse intuito) e feitas já algumas contas (no meio da confusão de página salta página de um caderno todo rabiscado, juntando o facto de eu ser péssima com contas...) posso dizer-vos que em Bombaim, eu gastei cerca de 235€, porque o Hotel onde ficámos - Enclave Executive, em Branda West - custava cerca de 80€ por noite. Em Bombaim os hotéis não são nada, mas nada baratos, e este nós recomendamos à brava! O staff era de luxo e pelo menos pudemos dormir fora dos sacos-cama!

Aguardamos, muito esperançosos e pacientes, um reembolso da Airfrance que nos compense o luxo...

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