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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Quem disse que férias eram para descansar?

Um resumée de Paris

Voltámos das nossas pequeninas férias mais estoirados do que depois de uma semana super intensa de trabalho. Atribuo isso ao facto de termos uma vida profissional bastante relaxada (?!)

Quando o Rei faz anos, nós vamos celebrar. Este ano decidimos ir a Paris, porque a ideia é aproveitar os sofás ou quartos de hóspedes das famílias e amigos por aí.

Claro que o 13 de Novembro me veio deixar ainda mais ansiosa e, enquanto olhava para os outros ocupantes da sala de espera do aeroporto para perceber se éramos o único casal que ia em turismo de amor para Paris, vejo alguém a olhar para mim! Afinal, a Sara e o Raúl também deixaram as precauções anti-terroristas de lado e embarcámos todos no mesmo (minúsculo) avião. Duas Saras em pânico e dois maridos a bufar contra as paranóias delas.




Com a excitação de estarmos a viajar em grupo, acabámos por apanhar o autocarro errado e, apesar de termos largado 25€ para sair do aeroporto e chegarmos ao centro, ainda fizemos um bom ensaio para aquilo que seriam os nossos próximos dias: a verdadeira maratona pedestre. Valha-nos os trolleys em vez das backpacks, se não nem sei o que tinha sido de mim.

Largámos as malas no porteiro do prédio do Paulo e decidimos ir aproveitar o dia de anos do Kico. Já faz parte do dia 4 de Dezembro: dormir mal, comer ainda pior e cansarmo-nos que nem peregrinos. 

A primeira paragem foi no Cemitério de Passy. Os cemitérios parisienses são obras de arte imperdíveis. A originalidade supera qualquer museu e as celebridades estão por todo o lado. Para não falar da vista de tirar o fôlego.




O bicho da fome atacou o Kico e por isso parámos numa Boulengerie manhosa (após alguns desacatos baseados em não-comer-sushi-de-esquina-em-Paris), onde ele devorou uma baguete.
E depois seguimos.
E seguimos.
E seguimos.
Quando demos por nós estávamos perdidos algures entre a Torre Eiffel, o Louvre e os Champs-Elysées, sentados a comer um hamburguer no Burger King, para podermos usufruir da toillete e do wifi.

Mas a verdade é que visitámos todos esses lugares, nessa só tarde, e só a pé.


De verdade, gastei os meus sapatos.
Paris é Paris e queremos sempre parecer ajustadas. Mas essa vaidade custou-me caro. Além de ter estragado as minhas botas novas, compradas há um mês, fiquei aflita dos pés e de todos os músculos que nem sabia existir entre o pé e a perna.
E, no final, andei sempre vestida da mesma maneira, porque nunca despi o casacão ou tirei o cachecol...






A atmosfera em Paris é um misto de normalidade e apreensão. Militares passeiam-se por toda a parte, mas ainda assim, quem é que controla a quantidade infindável de gente que se deambula pelas ruas? Na minha cabeça, nada impedia uma bomba de rebentar tudo, ali mesmo, e voarem pedacinhos de turistas chineses e portugueses por ali. Confesso, fui paranóica. Mas portei-me bem.



O 29º Aniversário do Kico foi regado a gelado de chocolate e, estoirados, fomos para a cama às 9.
No dia seguinte, tentámos alugar as bicicletas que servem a capital francesa. Basta comprar um bilhete de 24 horas a 1,70€ e podemos usá-las de graça por períodos de meia hora.
Contudo, como é clássico do casalinho SB, a máquina não funcionava.





Com a ajuda desesperada do Paulo, que tinha alinhado em ir andar de bicicleta connosco e não em ser um guia a pé, tentámos de tudo. Mas nada. Por isso, não nos restou outra alternativa que apanhar o metro para irmos a Montmartre. Passeámos em Pigalle, tirámos as fotografias do costume em frente do Moulin Rouge e subimos ao Sacre Coeur. Lá para as quatro da tarde lá conseguimos as bicicletas e depois percorremos a cidade sobre rodas. Ah!, mas que descanso para o nosso corpo. Se tivéssemos sabido disto logo desde o início. Já não parece que levo uma mochila às costas nem que os pés estão acorrentados.





Comemos crepes, vimos a Torre Eiffel mais vezes do que qualquer outra coisa (e, de todas, tirámos fotografias e selfies), inspirei e expirei na Shakeaspeare, com os volumes de primeira edição da geração Beat a 300€.




Mas bom bom foi um passeio de carro, à noite, pela cidade. Obrigada Paulo. Paris realmente tem um encanto especial. E é, definitivamente, a cidade das luzes.

Apesar do frio e do cansaço, passámos uns dias bestiais. Passeámos, cultivámo-nos, tirámos algumas fotos (a maioria más!), ainda tivemos tempo para uma visita relâmpago-surpresa aos amigos dos meus avós e, melhor que tudo, dormi melhor nestes três dias do que nos últimos três anos!





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