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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Palomino

Finalmente o conforto!!! Um super hotel, estilo resort africano no meio da Savana, com uma piscininha à maneira, uns lençóis que pareciam lavados, uma rede mosquiteira, pessoas simpática, jardim impecável. Desta vez a coisa havia corrido bem e tínhamos acertado na escolha do sítio para dormir. O Tiki Hut Hostel era o paraíso do backpacker que chegava cansado, como nós, a Palomino.
Bem, correu bem mas podia ter corrido melhor. Quando já estávamos a finalizar a reserva pelo Booking para duas noites vacilámos. E se não é bom? E se tem cabelinhos? E se não gostamos de Palomino. Não, o melhor é reservarmos só uma noite e depois logo vemos. Errado. Depois logo ficamos apeados que o Hotel não tem vagas para o dia seguinte. E para depois de amanhã? E para depois depois de amanhã? Nada. O que é bom acabou rápido e a nossa alegria foi mais fugidia que os mosquitos da zona. Depois de um pequeno-almoço absolutamente divino (com panquecas, sumo natural, ovos mexidos e, como não podia deixar de ser, panrico) lá nos mudámos nós para o Breeze. Nunca mas nunca façam isto, pessoas que vão a Palomino. Nunca deixem o Tiki Hut escapar-se por entre as vossas mãos. Nunca deixem que outros turistas ocupem a vossa cabaninha, se deitem nas espreguiçadeiras ou descansem nas hamacas, enquanto vocês ficam na recepção a tentar usar a única internet que existe em toda a região.
Pode fazer toda a diferença.
 
 
No nosso caso fez. Em vez de estoirarmos as nossas férias todas em Palomino, decidimos que se não podíamos ter o Tiki, então não queríamos mais nenhum. E por isso havia que gozar bem rápido de todos os programas disponíveis. Fora apanhar um sol e dar uns mergulhos no mar agitado da praia, tínhamos ainda toda uma panóplia de actividades desportivas em mente - um yoga na praia, surf ou body board, umas caminhadas.
Optámos por começar pelo Tubbing. Alugámos as boias no Luna Beach Hostel, a 17.000 pesos e fomos com um Motoboy até ao início da trilha. Esqueceram-se de nos dizer que ainda tínhamos uns bons trinta minutos para caminhar pela selva, sozinhos, com calor e com duas boias gigantes.
 
 
Descer o Rio Palomino de boia dura aproximadamente duas horas, até o rio chegar ao mar. A paisagem é incrível - é o rio mais bonito que já vi, transparente, com água não muito fria e, ao redor, a vegetação é infindável. É a melhor maneira que há para se verem diferentes espécies de pássaros e viver mesmo intensamente a natureza. Mas iniciámos muito tarde. A meio do percurso comecei a ficar gelada, o sol começou a escassear e, a um certo ponto, não aguentava mais estar deitada na boia à espera. Ou seja, durante cerca de uma hora, remámos que nem uns doidos, fizemos batota em algumas partes e carregámos a boia debaixo do braço e lutámos o mais que pudemos para chegar rápido à praia (quando, afinal, se tivéssemos saído na ponte onde alguns pedem que os motoboys os esperem, tínhamos caminhado 5 minutos e estávamos no hostel).
Quando chegámos estava exausta, gelada e apavorada porque já era lusco-fusco, a hora preferida para os zikas aparecerem todos. Ainda nos faltava todo o caminho pela praia, que durou ainda mais uma meia hora.
Foi da maneira que dormir essa noite toda (mais ou menos). Na manhã seguinte as dores nas pernas eram mais que muitas e quando acordámos o nosso singelo Hostel não tinha a cozinha aberta (num país onde às 6 é de dia, como é que abrem as cozinhas às 8?!) Lá fomos nós, caminhando, com sono e com fome, em busca de um pequeno almoço que se equiparasse ao do Tiki (pois é, tudo girou em volta do Tiki). O Dreamer tinha pequeno-almoço bufet aberto a visitantes. Mais panquecas, sumos, bolos, croissants, fruta e, claro, Panrico. Uma maravilha. Ficava ali a manhã toda mas tínhamos que ir arrumar as malas e desocupar o quarto.
Antes de ir embora almoçámos numa pizzaria que andávamos a namorar desde que chegáramos. La Frontera de seu nome, serviu-nos umas deliciosas bruschetas e uma pizza que dividimos e, de barriga cheia, apanhámos o autocarro local até à nossa próxima paragem.
Mas não sem antes pegar num sumo de lulo e banana, na minha barraquinha preferida (a que tinha pior aspecto de Palomino) - sumos naturais que enchem dois copos, a 3000 pesos.
 


 


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